domingo, 14 de dezembro de 2008

Dúvidas sobre a crise econômica mundial



Ultimamente na moda, a crise econômica mundial é reconhecidamente de difícil compreensão para o público que não entende de economia. Aliás, ela tem sido emblemática mesmo para os especialistas, que anunciam tempos e possibilidades bem difíceis. Assusta acompanhar nos meios de comunicação que determinadas empresas da noite para o dia perdem bilhões de dólares, que os governos injetam na economia outro tanto de bilhões para poder socorrer empresas que estão beirando a falência. Não entendo muita coisa sobre o assunto, mas algumas coisas eu já consegui perceber.

Muitos daqueles que pregavam de maneira apaixonada a não intervenção do Estado na economia tem gritado sistematicamente por socorro do mesmo Estado... Aqueles que pregavam que o mercado se regularia sozinho estão percebendo que, na verdade, esse mercado¹ tem apenas a capacidade de provocar feridas mortais em si mesmo. Engraçado que tem gente que, certamente fazendo uma ginástica sinistra, atribuem essa crise à intervenção do Estado na economia, opinião aliás, que não tem sido debatida por confrontar com o óbvio que é observável mesmo por não entendidos.

Muito dinheiro foi perdido. Empresas estão a beira da falência, outras quebraram mesmo. Governos colocaram grana. Onde está esse dinheiro. Se o dinheiro saiu de um lugar, suponho que foi para outro. Mas onde? Se alguém perde, imagino que isso que foi perdido foi "encontrado", ou recebido por um terceiro. Como o dinheiro evapora assim? Para onde foi o dinheiro? Será que esse dinheiro existia mesmo, de verdade, fisicamente? Será que era possível chegar e sacar essa grana em papel moeda? Ou será que era dinheiro de mentirinha, virtual apenas? Será que alguém ganhou dinheiro (seja lá o que seja dinheiro a essa altura!) com essa crise? Será que alguém se favorece desse estado de crise? São dúvidas, perguntas que não tenho resposta.


¹Falam em mercado como se fosse uma entidade abstrata. O mercado é composto por quem? O que é o mercado? Não será feito de homens?

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